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Lição Interativa

Pr. Natal Gardino – Faculdade Adventista Paraná (FAP)

De modo contrário à crença popular – e de quase todas as religiões –, o ser humano não tem uma alma imortal que sobreviva à morte do corpo e que possa existir à parte dele. A palavra “alma” na Bíblia significa o próprio ser vivo. Quando Deus soprou nas narinas de Adão, este passou a ser (e não a ter) uma “alma vivente” (Gn 2:7). Este conceito é muito claro nas línguas originais da Bíblia. Sansão, por exemplo, ao saber que morreria ao derrubar as colunas do templo pagão, exclamou: “Morra minha alma [nephesh] com os filisteus!” (Jz 16:30). A ideia de que temos uma alma naturalmente imortal fere princípios bíblicos fundamentais como: Deus é o único que possui imortalidade (1Tm 6:17); o salário do pecado é a morte (Rm 6:23); a vida eterna é um dom concedido por Deus apenas para os que aceitam a salvação de Jesus (Jo 3:36; 1Jo 5:12). pelos crisóis da vida.

Perguntas para Reflexão e Discussão em Grupo
  • Deus disse para Adão, caso ele escolhesse desobedecer: “Você certamente morrerá” (Gn 2:17). Por sua vez, Satanás disse: “É certo que vocês não morrerão” (3:4). Qual é o resultado de tentar harmonizar as palavras de Deus com as de Satanás? Por que as pessoas insistem em tentar fazer “harmonização” entre as Palavras de Deus e a desobediência?
  • Por que a mensagem adventista (bíblica) sobre o estado dos mortos é tão crucial? Qual é o problema em acreditar na imortalidade natural da alma? (R.: A pessoa que crê assim pode desenvolver uma visão errada do caráter de Deus e acabar tendo medo dEle, rancor, ódio ou descrença total em um ser que torturaria pessoas pela eternidade. Algumas pessoas fracas chegam à insanidade mental ao antecipar um inferno eterno. Além disso, essa crença torna as pessoas mais propensas a cair em enganos espiritualistas)
  • A Bíblia ensina que “a alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18:4,20). Por que até mesmo entre a grande maioria dos cristãos encontramos forte oposição a esse ensino?
    Muitos usam Mateus 10:28 como uma suposta “prova” de que a alma não morre. Mas esse verso ensina exatamente o contrário disso. Qual é o significado das palavras de Jesus nesse versículo? (R.: Jesus ensina aqui que uma pessoa martirizada por causa do Evangelho não perde sua alma [do grego psiquê, “vida”), pois esta pessoa será ressuscitada no último dia. Entretanto, a pessoa condenada no juízo final terá tanto o corpo como a alma [psiquê, “vida”] destruídos)
  • Leia Eclesiastes 3:19-21. O que aprendemos com essa grande semelhança entre a morte de humanos e de animais? Como a promessa da ressurreição modifica essa semelhança?
    “E o pó volte à terra, como era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Ec 12:7). Como sabemos que esse versículo não se refere a almas desencarnadas saindo de seus respectivos corpos e “voltando” para Deus? (R.: A palavra hebraica traduzida como “espírito” (ruach) é a mesma para “vento”, “ar”, “sopro”, “fôlego”. A ideia aqui é que o fôlego de vida “volta” a pertencer somente a Deus, que é a origem, a fonte e o dono da vida. Se esse versículo estivesse dizendo que as “almas desencarnadas” voltam para Deus, estaria afirmando que todos, bons e maus “voltam para Deus” quando morrem, o que é um absurdo)
  • Leia alguns desses textos sobre a inconsciência durante a morte: Sl 6:5; 115:17; 146:4; Ec 9:5,6,10; Is 38:18-19. Como a compreensão correta sobre o estado dos mortos nos protege contra enganos?
    Como seria se os mortos estivessem conscientes dos problemas da Terra?
  • Leia essas afirmações enfáticas de Jesus: Jo 6:39,40,44,54; 11:25,26. Como podemos manifestar gratidão a Deus por conhecermos a verdade a respeito do estado da morte e da ressurreição futura?
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