Faculdade Adventista do Paraná: ações na luta contra a Dengue
Cenário Nacional
As condições climáticas tropicais do Brasil, aliadas ao acúmulo de água em recipientes descartáveis, proporcionam um ambiente propício para a reprodução do Mosquito da Dengue (Aedes aegypti). Apesar dos esforços das autoridades de saúde em campanhas de conscientização, controle do vetor e tratamento dos pacientes, a dengue continua a afetar milhões de pessoas anualmente no país. Em 2024 O Brasil lidera o ranking da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) com 83% dos casos de dengue nas Américas, seguido pelo Paraguai, com 5,3%, e Argentina, com 3,7%.
Diante desse panorama, a prevenção ainda é a melhor estratégia, enfatizando a importância da eliminação de criadouros e da proteção individual contra picadas de mosquitos para reduzir a propagação da doença.
Projeto “Dengue se combate o ano inteiro”: conscientização e engajamento
O Campus residencial da Faculdade Adventista do Paraná destaca-se por suas iniciativas proativas no combate à doença. Idealizado por Poliana Fragatti – Coordenadora da Biblioteca do Campus, e em parceria com a professora Waylla Albuquerque e o curso de Pedagogia, o projeto “Dengue se combate o ano inteiro” foi concebido e implementado há seis anos, abordando a questão da dengue de forma abrangente e educativa.
“Em 2024, o projeto se desenrolou em várias etapas, começando com sessões de contação de histórias na biblioteca escolar, destinadas a instruir e conscientizar as crianças sobre a importância da prevenção da dengue”, ressalta Poliana Fragatti.
Após esse momento das histórias, os alunos têm a oportunidade de colocar o conhecimento em prática durante as aulas de laboratório, onde produzem repelentes caseiros para ambientes.
O ponto alto do projeto é a entrega dos repelentes produzidos pelas crianças à comunidade local. Este gesto não apenas contribui para a proteção contra a dengue, mas também capacita as crianças a serem agentes multiplicadores, uma vez que cada uma leva para casa um frasco do repelente, junto com a receita de sua produção.
Waylla Albuquerque de Jesus, biomédica e professora de ciências naturais, destaca o impacto positivo do projeto para os alunos, que têm a oportunidade de buscar novos conhecimentos, criar hipóteses científicas e contribuir de forma significativa para a comunidade científica e social.
Em consonância a professora Gal Rabelo Pastor Oliveira – coordenadora do curso de pedagogia, complementa: “O desenvolvimento de atividades dessa natureza possibilita aos estudantes realizar aprendizagens de caráter conceitual, procedimental e atitudinal quando posicionam-se favoravelmente na busca de soluções e desenvolvem espírito de cooperação.”
Essa abordagem inovadora da Faculdade Adventista do Paraná não só ajuda a combater ativamente a propagação da dengue, mas também capacita a próxima geração a se tornar líderes conscientes e engajados na promoção da saúde pública e no combate às doenças transmitidas por mosquitos como a dengue.
